Reestruturação

Sua empresa esta passando por uma?

           “Será que as pessoas fazem o que quero que façam (ou melhor, o que necessita ser feito), somente porque tenho o poder de promovê-las ou despedi-las?”. Herbert Alexander SIMON

A organização é um complexo sistema de decisão, e neste sistema cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomandodecisões individuais a respeito de alternativas mais ou menos racionais de comportamento. Hoje em dia, as organizações precisam a todo custo, acompanhar as inovações impostas pelo mercado, buscando se adequar às novas realidades. Porém nem sempre agimos da melhor maneira para realizar uma mudança, pois é mais fácil procurar uma “maneira satisfatória”, do que uma “decisão ótima”.

-Mas o que isso quer dizer?

     Para responder a esta pergunta, o consultor Mauricio Moura, sócio-diretor da Moura Fernandes consultoria, estudioso no processo decisório, escreveu um artigo embasado nas teorias de Herbert Alexander Simon.

      Neste artigo, o sr. Mauricio deixa claro que o ser humano procura tomar decisões para satisfazer primeiro as suas necessidades básicas, e só depois o que realmente precisa ser feito. Seguindo esta linha, podemos dizer que nenhuma empresa pode sobreviver se não implementar as medidas adequadas à nova realidade. Quando esta tarefa é feita pelos próprios gestores da organização, a tendência é que não se faça todo o necessário, mas o que vai mais de encontro aos gostos destes gestores.

      -Quais são as etapas do processo decisório?

      As etapas são: Perceber, Analisar, Definir, Procurar, Avaliar / Comparar, Escolher e Implementar. Em primeiro lugar, a organização precisa perceber a situação e a necessidade de alterar os seus rumos, Identificando e analisando os problemas, traçando e definindo claramente os novos objetivos, procurando alternativas de solução, avaliando e comparando as mesmas e escolhendo a alternativa mais adequada. Posto isso, o próximo passo é a implementação da alternativa escolhida.

      M.M. – “Quando se fala em reestruturação, é comum entendermos que estamos falando da reestruturação hierárquica, societária, mas esta palavra é muito abrangente. A compra de uma empresa, a troca de endereço, mudança de layout, revisão do processo fabril e administrativo são exemplos distintos entre si de reestruturação. Quando buscamos alternativas para o problema, temos a tendência de não nos entendermos como parte do problema. Isso reforça a tese de que procuramos a maneira satisfatória e não a ótima de resolver o problema”.

      A visão externa pode auxiliar na resolução do problema, isto porque não existe vinculo emocional e conseqüentemente, “racional”, do gestor do negócio.

      M.M. – “É muito comum encontrarmos organizações que literalmente paralisam todas as suas atividades estratégicas em função da resolução  de  um  determinado  problema, direcionando todos os seus esforços. A vida não pára, e quando esta organização se aperceber, ela poderá ter um outro problema, talvez maior!”. Pelo exposto, fica claro que somos tendenciosos quando da resolução de um problema, o que pode vir a prejudicar a própria organização.