O Custo da Oportunidade Perdida

     As empresas não conseguem alavancar todo o seu potencial graças aos profissionais tomados pelo medo. Medo de buscar o novo, medo de não atingir os objetivos, medo de ser ousado, enfim, se os executivos fossem avaliados não pelos êxitos que conseguiram, mas pelas oportunidades perdidas pelo simples fato de fazer apenas o que se esperava deles, com certeza, mais da metade perderiam os seus empregos. O que nunca saberemos é o real valor desta perda, já que ela não é contabilizada, não é relatada, se perde.

     Novos produtos, novos negócios, campanhas criativas e idéias inovadoras são recusados por medo do executivo se expor perante o seu chefe e os seus colegas. Também pelo risco de não dar certo, pelo temor de defender suas idéias. Ou então pelo receio de uma boa idéia ser vetada pelo seu chefe, que a rigor sofre as mesmas pressões e inseguranças. A melhor maneira de não correr risco é não se expor em demasia. É não fazer nada de novo, de diferente. As organizações são as grandes co-responsáveis por essas atitudes, pois com as constantes reduções de cargos por reengenharia ou por necessidade, tem aumentado a insegurança dos As empresas não conseguem alavancar todo o seu potencial graças aos profissionais tomados pelo medo. Medo de buscar o novo, medo de não atingir os objetivos, medo de ser ousado, enfim, se os executivos fossem avaliados não pelos êxitos que conseguiram, mas pelas oportunidades perdidas pelo simples fato de fazer apenas o que se esperava deles, com certeza, mais da metade perderiam os seus empregos. O que nunca saberemos é o real valor desta perda, já que ela não é contabilizada, não é relatada, se perde.

     Novos produtos, novos negócios, campanhas criativas e idéias inovadoras são recusados por medo do executivo se expor perante o seu chefe e os seus colegas. Também pelo risco de não dar certo, pelo temor de defender suas idéias. Ou então pelo receio de uma boa ideia ser vetada pelo seu chefe, que a rigor sofre as mesmas pressões e inseguranças. A melhor maneira de não correr risco é não se expor em demasia. É não fazer nada de novo, de diferente. As organizações são as grandes co-responsáveis por essas atitudes, pois com as constantes reduções de cargos por reengenharia ou por necessidade, tem aumentado a insegurança dos executivos, que cada vez mais querem se arriscar menos. Ninguém quer ser a vitrine e se colocar em uma situação que chame a atenção. É muito melhor para todos um crescimento constante de 2% a 4% do que o eventual risco de tentar 10% ou 20%. Com essa estratégia, o conceito de investir em novas metodologias e novos negócios, que tem o risco de um sucesso ou de um fracasso, fica para os momentos de dificuldades plenas, quando não se tem outra alternativa. Muitas vezes, profissionais são taxados de heróis, salvadores da pátria por tomarem medidas que tirarão as empresas de dificuldades que eles mesmos ajudaram a colocar, isto é, pelo que já deveria terem feito e não fizeram.

    Poucas empresas têm consciência dessa cultura do “medo”, que vem se desenvolvendo e se sedimentando lentamente nos últimos anos, principalmente nas grandes corporações. Existiram, com certeza, boas razões para essa tendência, mas a sua reversão é imperativa para enfrentarmos o grande desafio da estabilidade, muito mais transparente, cristalina e competitiva. O inicio do processo de reversão dessa tendência está na conscientização, discussão e questionamento do eventual custo da oportunidade perdida na sua empresa. Aqui vale uma questão: quantos empresários, ao analisarem o balanço de sua empresa, pararam para pensar criticamente sobre os números estampados? A empresa deu lucro, tudo bem. Mas será que esse resultado é o melhor que se poderia obter? Será que fizeram tudo o que estava ao alcance com os recursos que foram empregados?

     Quando o bom profissional diz “sim” a uma idéia inovadora, ele abre o processo do risco. Quando o executivo diz “não”, ele exerce a sua única forma de autoridade sem responsabilidade. A boa idéia pára aqui. É difícil quantificar a perda, quando não se enxerga as oportunidades que surgiram e se perderam.

     O que se espera de um bom gestor!

     Em primeiro lugar, cabe ao executivo saber o seu papel dentro da organização. O titulo dado ao gestor, nada mais é do que responsabilidade outorgada mediante a capacitação reconhecida de gerir o negócio. Sendo assim, a criatividade e o pioneirismo jamais poderão ser subjugados pelo medo. Não tenham medo de pedir ajuda, de buscar alternativas, de transformar. Mesmo que a organização não o estimule, faça a diferença.

     “Se você continuar fazendo aquilo que sempre fez, continuará obtendo os resultados que sempre conseguiu”

pulando

     Profissionais reconhecidos pelas organizações em que atuam e até pela mídia global, fizeram algo que saiu do normal, saiu do cotidiano e logicamente, atingiu os objetivos propostos. Estes profissionais arriscaram seus pescoços em alguma empreitada, mas depois que obtiveram êxito, são caçados pelo mundo empresarial como diamantes, gurus, papas da administração.

     Ninguém tem “bola de cristal” para saber o futuro e tomar as decisões certas. O que não podemos é, por medo de se expor, não tomar nenhuma decisão.

     Concluindo com a frase de Wiliam George Ward:

“O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”

Onde você se encaixa?

Nota sobre o Autor: Mauricio Moura é Consultor de Empresas e Sócio- Diretor da Moura Fernandes Consultoria. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Mogi das Cruzes, especializou-se em Processo de Produção pela FAAP.